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29 setembro, 2011

Pinípedes


Focas e Outros


Os pinípedes (latim científico: Pinnipedia) constituem uma ordem de mamíferos aquáticos, que inclui focas, leões-marinhos e morsas, embora em algumas classificações sejam superfamílias.
Os pinípedes têm o corpo fusiforme e alongado. O maior membro do grupo é o elefante-marinho que pode atingir quatro metros e duas toneladas. A foca-das-galápagos é a menor, com 30 kg de peso e cerca de 1,2 m de comprimento. Exceto ao nerpa (Pusa sibirica) que habita no Lago Baikal, na Sibéria, todos os outros pinípedes vivem junto dos oceanos, onde se alimentam de cefalópodes e peixes.
Algumas espécies de pinípedes encontram-se ameaçadas devido à caça de que foram alvo por causa de sua pele.
Assim como os Cetáceos e Sirênios evoluíram de animais terrestres, assim também ocorreu com os Pinípedes. Eles são classificados dentro da ordem Carnívora não apenas por seus hábitos alimentares, mas por descenderem de animais desta ordem, como ursos e lontras.
As famílias Odobenidae e Otariidae descendem de animais semelhantes ao urso, já a família Phocidae, focas verdadeiras, descende de animais semelhantes a mustelídeos como a lontra.
A evolução fez com que seus membros se adaptassem à vida marinha, transformando suas patas em nadadeiras, e projetando um formato hidrodinâmico para seu corpo.

Morsa

A morsa (Odobenus rosmarus) é um animal de grande porte que vive nas águas do Ártico. Uma fêmea adulta chega a 2,70 metros e comprimento e cerca de 1 tonelada de peso. O Macho adulto é ainda maior, podendo chegar a até 4 metros de comprimento, com um peso que freqüentemente ultrapassa 1,6 toneladas.

As morsas possuem uma pele enrugada e áspera que vai se tornando cada vez mais espessa ao longo de sua vida (15 a 30 anos). Para nadar usam a nadadeira caudal. Deslocam-se mal em terra, utilizando as nadadeiras anteriores e andando quase aos saltos. Seu focinho tem um sólido bigode e dois enormes caninos ou presas que podem chegar a 90 centímetros nas fêmeas e ultrapassar 1,10 metro de comprimento nos machos. As presas são usadas para arrancar moluscos e caranguejos do fundo do mar desgastando-se ao longo dos anos. As morsas são caçadas pelo marfim dessas presas.





Lobo-Marinho

Os lobos-marinhos são mamíferos pinípedes pertencentes à família Otariidae que se classificam no gênero Arctocephalus.
O lobo-marinho vive em pequenas ilhas desabitadas, zonas de costa bastante escarpadas e sempre de difícil acesso, por exemplo, em grutas que têm entrada submarina. Segundo pesquisas feitas, este não seria o seu habitat inicial. O lobo-marinho chegou a habitar algumas praias desabrigadas, só que com a chegada do homem obrigou a que estes animais procurassem o abrigo de grutas e de locais mais acessíveis para eles.
O lobo-marinho nada em águas até uma profundidade de 100m, por isso a sua alimentação é constituída por peixes que habitam até essa profundidade. Na fase adulta consome por dia a 4 a 6% do seu peso por dia, pode chegar a comer 12 kg por dia em alimento se pesar em média 250 kg. Estes animais comem geralmente peixes diversos que varia de acordo com a disponibilidade do meio, polvo (cefalópodes), mexilhões (crustáceos – espécies agarradas nas rochas). O lobo-marinho procura alimento em locais rochosos e baixos próximos da costa e das suas colônias, mas devido muitas vezes a falta de alimento é obrigado a ir para alto mar onde encontra alimento com mais facilidade, mas em contrapartida corre o risco de ser atacado pelos predadores.
O lobo marinho é um mamífero marinho, tem uma forma modelada par o meio aquático, o seu corpo é uniforme e apresenta 4 membros transformados em barbatanas. Apesar de habitar em mares temperados, o lobo marinho apresenta uma camada de gordura subcutânea, que serve de reserva alimentação, proteção mecânica e térmica. O seu corpo é coberto de pelugem castanho-escuro que pode chegar a preto no dorso e vai clareando até ao ventre. A face ventral é uma zona clara, branca que varia de tonalidade sendo por isso utilizada para identificação dos animais. Na face ventral encontram-se dois mamilos. Pode medir 280 cm e pesar até 400 kg.
Estes animais têm uma baixa natalidade, mas em contrapartida vivem de 30 a 40 anos. A sua baixa natalidade deve-se ao fato das fêmeas atingirem a maturidade sexual entre os 4 e 6 anos de vida. O período dos seus nascimentos são entre os meses de Maio e Novembro, sendo que nos meses de Setembro e Outubro nascem mais. Cada fêmea tem normalmente uma única cria de 2 em 2 anos, muito raramente nascem gêmeos.

 Lobo-Marinho-Antártico 
(Arctocephalus gazella)




Lobo-Marinho-Australiano 
(Arctocephalus pusillus) 




 Lobo-Marinho-da-Nova-Zelândia 
(Arctocephalus fosteri)


Ficheiro:Arctocephalus fosteri 2.png

Leão-Marinho

O leão-marinho é um mamífero que vive em regiões de baixas temperaturas e alimenta-se principalmente de peixes (como o cherne e o arenque) e de moluscos.
Os leões-marinhos receberam este nome pois nos machos a pelagem é diferente da das fêmeas: eles têm uma espécie de juba, como os leões. Além disso, como eles têm um rugido grave, acabaram sendo chamados de "leão".
A gestação de uma leoa-marinha dura em torno de 12 meses. Os filhotes chegam a medir 40 cm e, pelo fato de nascerem em terra, só aprendem a nadar depois de 2 meses de vida.
Os leões-marinhos já estiveram muito próximos da extinção. Entre 1917 e 1953, mais de meio milhão desses animais foi abatido por caçadores em busca de sua gordura e de seu couro, usado sobretudo na confecção de casacos. Com a proibição da caça, esses animais, que chegam a pesar 300 quilos e a atingir 3 metros de comprimento (fêmea 140 kg e os machos 300 kg), começaram a se recuperar. Mesmo assim, ainda sofrem com a poluição das águas e, principalmente, com a pesca realizada com redes. Seus maiores predadores são o homem, as orcas, e os tubarões.
Existem várias espécies de leões-marinhos. Algumas espécies são domesticadas pelos jardins zoológicos de todo o mundo para realizarem espetáculos de animação. Leão-marinho-da-patagônia, e leão-marinho-da-califórnia são exemplos de espécies que podem ser domesticadas.


Ficheiro:Lobo-001.jpg




Focas

As focas são mamíferos da família dos focídeos (latim científico Phocidae), superfamília dos pinípedes (Pinnipedia), adaptadas à vida marinha. O corpo de uma foca é hidrodinâmico, semelhante a um torpedo, com os membros posteriores e anteriores em forma de nadadeira. Outro detalhe interessante é que as focas não possuem orelhas, o que as distingue da família Otariidae (leões marinhos). Todas essas características fazem das focas excelentes nadadoras, mas em contrapartida as focas não têm habilidade em terra firme sendo presas fáceis para ursos polares e caçadores.
As focas são carnívoras e alimentam-se de peixes e cefalópodes. Geralmente, reproduzem-se em colônias.
As focas possuem em torno de 1,70 m de comprimento, pesam de 80 a 100 kg e o período de reprodução é entre fevereiro e maio.
Localizam-se no pólo Norte e são excelentes nadadoras. Suas orelhas são internas e possuem poucos pelos no corpo, sendo que eles são grossos e curtos, tendo a coloração cinza ou marrom escuro. As focas são capazes de fechar as narinas embaixo d'água enquanto procuram comida. Geralmente os adultos machos medem aproximadamente 2m de extensão. As focas são mamíferos aquáticos. Com aproximadamente 6 meses de vida o filhote de foca já consegue nadar sozinho. As focas se comunicam entre si através da emissão de sons graves.

Foca-Comum
(Phoca vitulina)



Foca-Anelada
(Pusa hispida)



Foca-do-Balkai ou Nerpa
(Pusa sibirica)



Foca-de-Weddell
(Leptonychotes weddellii)



Foca-Leopardo
(Hydrurga leptonyx)

As focas-leopardos são grandes e musculosas, tendo uma cor cinza, um pouco mais escura nas costas e mais clara na barriga. As suas gargantas são esbranquiçadas e apresentam manchas pretas, que dão à origem ao seu nome popular. As fêmeas são normalmente maiores que os machos, medindo em torno de 2,4 a 3,6 metros e pesando até 600 kg, enquanto que os machos medem 2,4 a 3,2 metros e pesam até 400 kg.
O seu sentido de visão e olfato é extremamente desenvolvido. Os seus sentidos combinados com o seu corpo aerodinâmico permitem que as focas se movam rapidamente pela água, o que a torna um exímio predador. Como a maioria dos carnívoros, os seus dentes da frente são afiados, mas seus molares fecham-se de uma maneira que lhes permite peneirar Krill (uma espécie de camarão invertebrado) da água.




Foca-Barbuda
(Erignatus barbatus)



Foca-Monge-do-Havaí
(Monachus schauinslandi)



Foca-Monge-do-Mediterrâneo
(Monachus monachus)


Ficheiro:9096 - Milano - Museo storia naturale - Diorama - Foca Monaca - Foto Giovanni Dall'Orto 22-Apr-2007.jpg

Elefante-Marinho

O elefante-marinho (Mirounga sp.) é um mamífero carnívoro pinípede, focídeo, perfeitamente adaptado à vida aquática. Há duas subespécies reconhecidas:
M. angustirostris, espécie ártica, habita o Pacífico, nas costas da Califórnia, México e Guadalupe.
Os elefantes-marinhos são grandes mamíferos: a fêmea atinge 3,50 metros e o macho até 6,5 metros, pesando até 4 toneladas. A cabeça é grande, com olhos grandes e salientes e arcadas superciliares com pêlos rígidos. Nos machos, o nariz alonga-se numa espécie de tromba, que originou o nome popular da espécie. Os membros anteriores, apesar de robustos, não proporcionam bom rendimento em terra; os posteriores, muito fortes, com cinco dedos e fendidos ao meio, formam uma espécie de remo cada um.
Os elefantes-marinhos passam cerca de 80% das suas vidas a nadar nos oceanos, podem estar até 80 minutos sem respirar e mergulhar até aos 1700 metros de profundidade.
A época de reprodução dura apenas cerca de um mês no Verão do hemisfério onde vivem. Neste período as fêmeas concentram-se em colônias numerosas localizadas e praias e separadas por haréns controlados por um macho dominante. A fêmea dá à luz uma cria, que amamenta apenas durante este período sem nunca se afastar para se alimentar. Ao fim deste tempo, já fecundada de novo, a fêmea regressa ao mar abandonando o harém e as crias. Cada macho dominante tem que lutar contra invasões de vizinhos e tentativas de usurpação, ao mesmo tempo em que tenta cobrir o maior número possível de fêmeas no seu território. O stress da época de reprodução é tão grande para os machos que muitos deles morrem de exaustão no fim da estação. A esperança de vida média das fêmeas, que atingem a maturidade sexual aos 3-4 anos, é de cerca de 20 anos. Os machos só adquirem o estatuto de macho dominante por volta dos 8 e raramente vivem além dos 10-11 anos.
Os elefantes-marinhos foram caçados em abundância pela sua pele, gordura e óleos e estiveram à beira da extinção no século XIX. Atualmente estão fora de perigo e a sua caça é proibida.



25 setembro, 2011

Mustelídeos


Mustelídeos

fotos da lontras bebê

Os mustelídeos (latim científico: Mustelidae) constituem uma família de mamíferos da ordem dos carnívoros, bastante diversificada e com ampla distribuição geográfica. O grupo tem representantes em todos os continentes, à exceção da Oceania, e habita habitats diversificados como os litorais costeiros, zonas montanhosas, o Rio Amazonas ou a tundra siberiana. Os mustelídeos são animais de pequeno a médio porte, desde a doninha anã do tamanho de um rato ao glutão de cerca de 25 kg, conhecido pela agressividade. O grupo inclui animais bem conhecidos como as lontras, os texugos e as doninhas.
Os mustelídeos têm tipicamente patas curtas, corpo alongado e uma cauda mais ou menos comprida. As orelhas são normalmente arredondadas e o focinho é afilado. Uma das características mais marcantes do grupo é a sua pelagem espessa de coloração e texturas variadas, de grande qualidade para efeitos de fabricação de vestuário. Esta qualidade fomentou a caça indiscriminada aos mustelídeos com o objetivo de lhes retirar a pele. O vison marinho, que vivia na costa leste da América do Norte, extinguiu-se em 1894 devido a caça exaustiva. Outras espécies como o vison ou o arminho foram também muito perseguidas. Hoje em dia a caça é controlada, mas a procura de peles de mustelídeo pela indústria da moda não baixou. Em vez disso, estes animais são hoje em dia criados em cativeiro, em quintas especializadas para a produção de peles. As condições em que os animais vivem são, em muitos casos, bastante precárias e as organizações de direitos dos animais têm vindo a lutar contra o fenômeno. Para além de campanhas publicitárias contra o uso de peles, uma das ações preferidas dos ativistas é a invasão das quintas e libertação dos animais. Esta atividade tem provocado a expansão geográfica de várias espécies, nomeadamente o vison nativo da América do Norte, para a Europa e América do Sul. Em contrapartida, à medida que o vison prolifera graças às fugas do cativeiro, a doninha-europeia tem vindo a declinar por não ser capaz de competir no mesmo nicho ecológico com a espécie americana.

Lontras

A lontra é um animal mamífero da subfamília Lutrinae, pertencente à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Vive na Europa, Ásia, África, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. Seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos freqüentemente aves e pequenos mamíferos.

Geralmente a lontra tem hábitos noturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e seus filhotes, os machos não vivem em grupos e só se junta a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e ao fim nascem de 1 a 5 filhotes.
A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pesa até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala a lontra faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele e pela depredação dos ecossistemas aos qual a lontra está adaptada.
Esse animal possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo por sua vez é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.
Em
A lontra é capaz de assobiar, chiar e guinchar. Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.

Lontra-Européia
(Lutra Lutra)


Odder (Lutra lutra) foto

Lontra-de-Nariz-Peludo
(Lutra Sumatrana)



Lontra-Neotropical
(Lontra Longicaudis)



Lontra-Anã-Oriental
(Aonyx Cireneus)



Lontra-Marinha

A lontra-marinha (Enhydra lutris) é um mamífero marinho nativo para as costas do norte e do leste do Oceano Pacífico. Lontras-marinhas adultas pesam tipicamente entre 14 e 45 kg, tornando-os mais pesados dos membros da família Mustelidae, mas entre os pequenos mamíferos marinhos. Diferentemente da maioria dos mamíferos marinhos, a forma primária de isolamento da lontra-marinha é um casaco de peles grossas, excepcionalmente, a mais densa no reino animal. Embora possa andar sobre a terra, essa lontra vive principalmente no oceano.
A lontra-marinha habita ambientes que têm grande profundidade marinha. Alimenta-se principalmente sobre invertebrados marinhos como ouriços, moluscos e crustáceos diversos, e algumas espécies de peixes. Seus hábitos alimentares são notáveis em vários aspectos. Primeiro, o uso de rochas para abrir conchas torna uma das poucas espécies de mamíferos que usam essas ferramentas. Na maior parte de seu território, é uma espécie que controla populações de ouriço-do-mar, que em grande quantidade prejudica as populações de algas. Sua dieta inclui peixes que são valorizados por humanos como alimento, levando a conflitos entre as lontras-marinhas e pescadores.
Essas lontras, cujo número foi estimado de cento e cinqüenta mil até trezentos mil, foram caçadas extensivamente para retirada de sua pele, entre 1741 e1911, e com isso sua população caiu para no máximo dois mil. A proibição subseqüente internacional sobre a caça, os esforços de conservação, e programas de reintrodução em áreas anteriormente povoadas contribuíram para recuperação, e as espécies ocupam agora cerca de dois terços de sua escala anterior. A recuperação da lontra-marinha é considerada um sucesso importante na conservação marinha, embora as populações das ilhas Aleutas e da Califórnia recentemente tenham declinado. Por estas razões (bem como a sua particular vulnerabilidade a derrames de petróleo), a lontra-marinha continua a ser classificada como uma espécie em perigo.




Ariranha

A ariranha, lontra-gigante, lobo-do-rio ou onça-d'água (Pteronura brasiliensis), é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas.
A ariranha é a maior espécie da sub-família Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha têm olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, exceto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.
É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e mais intensamente ainda nas ariranhas que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais o que mais freqüentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas a caça furtiva por causa da pele, que foi mais intensa no passado.
A ariranha é claramente distinguível das demais lontras pelas características morfológicas e comportamentais. Ela é o maior membro da família Mustelidae em comprimento, sendo a lontra-marinha a maior em peso. Os machos possuem de 1.5 a 1.8 metros de comprimento e as fêmeas de 1.5 a 1.7 metros. . O peso varia de 32 a 45.3 kg para machos e de 22 a 26 kg para fêmeas.



Texugos

Arctonyx

Arctonyx é um gênero de texugos que compreende apenas uma espécie, o Arctonyx collaris. Com aproximadamente 70 centímetros de comprimento, este texugo habita as florestas do Sudeste Asiático, possui hábitos noturnos e se alimentam de frutas, raízes, plantas e pequenos animais.



Texugo-Europeu

O texugo-europeu ou texugo-euroasiático (Meles meles) é um mamífero mustelídeo indígena da maior parte da Europa e de muitas áreas da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Meles. As subespécies comumente aceites são: Meles meles meles (Europa Ocidental), Meles meles marianensis(Espanha e Portugal), Meles meles leptorynchus (Rússia), Meles meles leucurus (China e Tibete) e Meles meles anaguma (Japão).
O texugo pode habitar em áreas muito diferentes. Os texugos são mais abundantes em zonas com algum relevo e heterogêneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótipos (como florestas caducifólias e mistas, matagais, sebes e terrenos agrícolas, margens deribeiros) que lhes proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. No entanto, desde que tenha uma cobertura adequada e um tipo de solo em que o animal possa escavar até uma grande profundidade, qualquer local é propício para esta espécie.
O texugo vive em complexos de tocas (ou texugueiras) escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas varia, podendo ser um complexo com centenas de metros de comprimento e múltiplas câmaras subterrâneas.


Ficheiro:Meles meles borz.jpg


Ratel

O ratel (Mellivora capensis) é uma espécie da família Mustelidae. Ocorrem na maioria de África e no Oeste e Sul da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Mellivora e na subfamília Mellivorinae. É um animal muito destemido e quase desprovido de medo. O Ratel ataca e mata basicamente qualquer coisa que se movimente e demora apenas 15 minutos para comer uma cobra de 1,50m, ele possui um diferencial dos outros animais que é uma inteligência e facilidade para achar os pontos fracos dos oponentes rapidamente e assim obterem sucesso na caça e na captura de suas presas, mas quando é defrontado por outro macho da mesma espécie, ele comumente ataca primeiramente os testículos. Ele é um dos únicos animais que usam ferramentas, por exemplo, uma pilha de toras como escada. O ratel é tão carniceiro que aparenta não ter critérios de seleção para aquilo que ataca, bastando estar no seu alcance visual (ou de ataque). Come insetos, mamíferos, lagartos e répteis. O Ratel consegue até matar um crocodilo adulto. O Ratel é louco por mel (o seu nome em inglês é “honey badger”) e está disposto a levar milhares de picadas para acabar com uma colméia para satisfazer o seu desejo. Foi também observado por ambientalistas que nem mesmo criaturas astutas como leões e leopardos tentam atacá-lo.



Texugo-Americano

O texugo-americano (Taxidea taxus) é um mustelídeo norte-americano que possui pelagem acinzentada, cortada no dorso por uma faixa longitudinal branca e que se alimenta de pequenos animais.








Irara

A irara (Eira barbara) é um animal carnívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do género Eira. Têm um aspecto semelhante às martas efuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 cm (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.
A irara é também conhecido no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamado "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parenta da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil a as habilidades manuais ficam evidenciadas quando na captura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma, ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas traseiras e a cauda e com as patas dianteiras vai "desrosquando" a fruta até que a mesma se solte do caule: as palmas de suas patas são lisas, as garras parcialmente retrateis e as articulações de suas pernas lhe permitem "virar as patas" para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São escansoriais, solitárias, mas podem ser vistas aos pares, costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos, mas inteiramente cobertos de penugem negra e são facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.



Glutão

O glutão ou carcaju (Gulo gulo) é um mamífero da família dos Mustelidae, ordem Carnivora. Vive no Hemisfério Norte, nas zonas frias da Sibéria, Escandinávia, Alasca e Canadá
O carcaju é um animal onívoro, com uma componente importante de carne na sua dieta. Exteriormente assemelha-se a um pequeno urso com cauda. Tem focinho e pescoço curto e orelhas pequenas e arredondadas. A pelagem é castanha fulva e negra, muito densa, impermeável e resistente ao frio. O carcaju pesa até 30 kg e mede em média 70 a 110 cm de comprimento, excluindo a cauda que chega aos 20 cm.
O carcaju é um animal tímido em relação ao homem, mas extremamente corajoso e agressivo nas relações com outros animais selvagens. Os carcajus atacam animais presos em armadilhas e são conhecidos casos em que roubaram presas a matilhas de lobos e até a ursos polares.
A época de reprodução decorre durante o verão, mas a implantação dos embriões no útero é atrasada até ao início do Inverno. A gestação só é bem sucedida se a fêmea tiver acesso a uma fonte abundante de alimentos. As crias nascem na Primavera em ninhadas de 3 ou 4 e desenvolvem-se muito rapidamente. Ao fim de um ano, os juvenis adquirem o tamanho adulto e a maturidade sexual. Os glutões podem viver até aos 13 anos.
O carcaju é o animal oficial do estado do Michigan. O personagem da Marvel, Wolverine, deve o seu codinome ao carcaju, do inglês "wolverine".



Martas

Marta é a denominação comum dado aos mamíferos mustelídeos do gênero Martes. Estes animais são carnívoros e semi digitígrados e têm uma pele muito apreciada. Sua gestação dura 2 meses, tendo em média 2 ou 3 filhotes. Já chegou a ser centenas de milhares na Europa, mas foram tão caçadas por causa de sua pele, que estão se tornando raras. Capturar um mustelídeo é relativamente fácil, por ser muito curiosa basta colocar um objeto brilhante em seu ninho, que ela cai na rede. É um animal solitário que vive em lugares rochosos e arborizados, de difícil acesso, o que torna a sua situação de conservação pouco preocupante. Costuma demarcar seu território com um rastro da secreção das glândulas anais, como faz a doninha sua parente próxima, porém de odor menos desagradável.

Fuinha
(Martes Foina)



Zibelina
(Martes Zibellina)


Visons

Vison é a designação comum a várias espécies de mamíferos mustelídeos do gênero Mustela, especialmente a Mustela vison, que se assemelham às doninhas da América do Norte. Possuem hábitos semi-aquáticos e pelagem macia e luxuriante. Esses animais têm sido mantidos em cativeiro, alimentando o mercado de peles e o mundo da moda.

Vison-Americano
(Neovison Vison)


Vison-Europeu
(Mustela Lutreola)


Arminho

O arminho (Mustela erminea) é um carnívoro mustelídeo de pequeno porte pertencente ao grupo das doninhas (Mustela spp.). A espécie ocupa todas as florestas temperadas, árticas e subárticas da Europa, Ásia e América do Norte. Há 38 subespécies de arminho, classificadas de acordo com a distribuição geográfica. O arminho não corre de momento qualquer risco de extinção, mas algumas populações estão ameaçadas, sobretudo por perda de habitat. O tempo de vida desses animais é de 7 a 10 anos, tendo casos de arminhos que chegaram a viver 14 anos, embora sejam muito raros.
O arminho é um predador solitário que prefere caçar durante a noite ou no crepúsculo, movendo-se rapidamente em ziguezagues. Podem percorrer cerca de 15 km numa única noite. As suas presas preferenciais são pequenos roedores, insetos, anfíbios, pequenas aves e freqüentemente os seus ovos e juvenis. São excelentes trepadores de árvores e bons nadadores, podendo também caçar peixes ou crustáceos, se as habituais fontes de alimento estiverem indisponíveis. Uma das suas vantagens é a capacidade, conferida pelo seu diminuto tamanho, de perseguir as presas dentro de tocas. O arminho tem que comer várias vezes por dia para responder às necessidades do seu metabolismo rápido e passa grande parte do seu tempo a caçar. É também conhecido o seu hábito de guardar restos de refeições em tocas ou buracos de árvore, para consumir mais tarde. As presas são normalmente mortas com uma dentada no pescoço.
A época de reprodução é anual e começa no fim da Primavera, princípio do Verão. Os arminhos são polígamos oportunísticos e acasalam várias vezes ao longo da estação. A gestação é relativamente muito longa para um animal tão pequeno e dura cerca de nove meses, devido ao atraso propositado da implantação dos óvulos no útero até à Primavera seguinte. As crias nascem por volta de Março em ninhos construídos pelas fêmeas em tocas ou buracos de árvore. Cada ninhada tem em média entre 4 a 9 filhotes, que nascem cegos e cobertos de uma penugem branca. O crescimento é bastante rápido e com oito semanas os arminhos são já independentes. As fêmeas atingem a maturidade sexual de imediato e normalmente acasalam na época de reprodução seguinte. Os machos demoram mais tempo a crescer e tornam-se adultos ao fim de um ano.
Os arminhos sofrem freqüentemente de uma infestação parasítica causada pelo nemátodo Skrjabingylus nasicola, que ocupa a zona nasal e em muitos casos causa a morte do hospedeiro.











Furão

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico (Mustela putorius furo), utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente da "doninha-europeia" ou da "doninha-das-estepes", mas também a duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como furão-grande (Galictis vittata) e furão-pequeno (Galictis cuja).
Ao contrário do que algumas crenças populares indicam os furões não são roedores e pertencem à família das doninhas, na qual se incluem os texugos e as lontras.