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25 setembro, 2011

Mustelídeos


Mustelídeos

fotos da lontras bebê

Os mustelídeos (latim científico: Mustelidae) constituem uma família de mamíferos da ordem dos carnívoros, bastante diversificada e com ampla distribuição geográfica. O grupo tem representantes em todos os continentes, à exceção da Oceania, e habita habitats diversificados como os litorais costeiros, zonas montanhosas, o Rio Amazonas ou a tundra siberiana. Os mustelídeos são animais de pequeno a médio porte, desde a doninha anã do tamanho de um rato ao glutão de cerca de 25 kg, conhecido pela agressividade. O grupo inclui animais bem conhecidos como as lontras, os texugos e as doninhas.
Os mustelídeos têm tipicamente patas curtas, corpo alongado e uma cauda mais ou menos comprida. As orelhas são normalmente arredondadas e o focinho é afilado. Uma das características mais marcantes do grupo é a sua pelagem espessa de coloração e texturas variadas, de grande qualidade para efeitos de fabricação de vestuário. Esta qualidade fomentou a caça indiscriminada aos mustelídeos com o objetivo de lhes retirar a pele. O vison marinho, que vivia na costa leste da América do Norte, extinguiu-se em 1894 devido a caça exaustiva. Outras espécies como o vison ou o arminho foram também muito perseguidas. Hoje em dia a caça é controlada, mas a procura de peles de mustelídeo pela indústria da moda não baixou. Em vez disso, estes animais são hoje em dia criados em cativeiro, em quintas especializadas para a produção de peles. As condições em que os animais vivem são, em muitos casos, bastante precárias e as organizações de direitos dos animais têm vindo a lutar contra o fenômeno. Para além de campanhas publicitárias contra o uso de peles, uma das ações preferidas dos ativistas é a invasão das quintas e libertação dos animais. Esta atividade tem provocado a expansão geográfica de várias espécies, nomeadamente o vison nativo da América do Norte, para a Europa e América do Sul. Em contrapartida, à medida que o vison prolifera graças às fugas do cativeiro, a doninha-europeia tem vindo a declinar por não ser capaz de competir no mesmo nicho ecológico com a espécie americana.

Lontras

A lontra é um animal mamífero da subfamília Lutrinae, pertencente à ordem carnívora e à família dos mustelídeos. Vive na Europa, Ásia, África, porção sul da América do Norte e ao longo de toda a América do Sul, incluindo o Brasil e a Argentina. Seu habitat é no litoral ou próximo aos rios onde busca alimentos como peixes, crustáceos, répteis e menos freqüentemente aves e pequenos mamíferos.

Geralmente a lontra tem hábitos noturnos, dormindo de dia na margem do rio e acordando de noite para buscar alimento. Os grupos sociais são formados pelas fêmeas e seus filhotes, os machos não vivem em grupos e só se junta a uma fêmea na época de acasalamento. O período de gestação da lontra é de cerca de 2 meses e ao fim nascem de 1 a 5 filhotes.
A lontra adulta mede de 55 a 120 centímetros de comprimento (incluindo a cauda) e pesa até 35 quilos. Embora sua carne não seja comercializada em larga escala a lontra faz parte da lista de animais ameaçados de extinção principalmente pelo alto valor da sua pele e pela depredação dos ecossistemas aos qual a lontra está adaptada.
Esse animal possui uma pelagem com duas camadas, uma externa e impermeável e outra interna usada para o isolamento térmico. O corpo por sua vez é hidrodinâmico, preparado para nadar em alta velocidade.
Em
A lontra é capaz de assobiar, chiar e guinchar. Pode ficar submersa durante 6 minutos e ao nadar pode alcançar a velocidade de 12 km/h.

Lontra-Européia
(Lutra Lutra)


Odder (Lutra lutra) foto

Lontra-de-Nariz-Peludo
(Lutra Sumatrana)



Lontra-Neotropical
(Lontra Longicaudis)



Lontra-Anã-Oriental
(Aonyx Cireneus)



Lontra-Marinha

A lontra-marinha (Enhydra lutris) é um mamífero marinho nativo para as costas do norte e do leste do Oceano Pacífico. Lontras-marinhas adultas pesam tipicamente entre 14 e 45 kg, tornando-os mais pesados dos membros da família Mustelidae, mas entre os pequenos mamíferos marinhos. Diferentemente da maioria dos mamíferos marinhos, a forma primária de isolamento da lontra-marinha é um casaco de peles grossas, excepcionalmente, a mais densa no reino animal. Embora possa andar sobre a terra, essa lontra vive principalmente no oceano.
A lontra-marinha habita ambientes que têm grande profundidade marinha. Alimenta-se principalmente sobre invertebrados marinhos como ouriços, moluscos e crustáceos diversos, e algumas espécies de peixes. Seus hábitos alimentares são notáveis em vários aspectos. Primeiro, o uso de rochas para abrir conchas torna uma das poucas espécies de mamíferos que usam essas ferramentas. Na maior parte de seu território, é uma espécie que controla populações de ouriço-do-mar, que em grande quantidade prejudica as populações de algas. Sua dieta inclui peixes que são valorizados por humanos como alimento, levando a conflitos entre as lontras-marinhas e pescadores.
Essas lontras, cujo número foi estimado de cento e cinqüenta mil até trezentos mil, foram caçadas extensivamente para retirada de sua pele, entre 1741 e1911, e com isso sua população caiu para no máximo dois mil. A proibição subseqüente internacional sobre a caça, os esforços de conservação, e programas de reintrodução em áreas anteriormente povoadas contribuíram para recuperação, e as espécies ocupam agora cerca de dois terços de sua escala anterior. A recuperação da lontra-marinha é considerada um sucesso importante na conservação marinha, embora as populações das ilhas Aleutas e da Califórnia recentemente tenham declinado. Por estas razões (bem como a sua particular vulnerabilidade a derrames de petróleo), a lontra-marinha continua a ser classificada como uma espécie em perigo.




Ariranha

A ariranha, lontra-gigante, lobo-do-rio ou onça-d'água (Pteronura brasiliensis), é um mamífero mustelídeo, característico do Pantanal e da bacia do Rio Amazonas.
A ariranha é a maior espécie da sub-família Lutrinae (as lontras) e pode chegar a medir cerca de 180 centímetros de comprimento, dos quais 65 compõem a cauda. Os machos são geralmente mais pesados que as fêmeas e pesam até 26 kg. A ariranha têm olhos relativamente grandes, orelhas pequenas e arredondadas, patas curtas e espessas e cauda comprida e achatada. Os dedos das patas estão unidos por membranas interdigitais que facilitam a natação. A pelagem é espessa, com textura aveludada e cor escura, exceto na zona da garganta onde apresentam uma mancha branca.
É uma espécie em perigo e a principal ameaça à sua sobrevivência é o desmatamento e destruição do seu habitat. A poluição dos rios, principalmente junto de explorações mineiras causam vítimas entre as lontras que se alimentam de peixe contaminado por metais, que se acumulam nos peixes e mais intensamente ainda nas ariranhas que estão no topo da cadeia alimentar. Entre os metais o que mais freqüentemente contamina animais é o mercúrio, usado na extração de ouro. Há também algumas perdas devidas a caça furtiva por causa da pele, que foi mais intensa no passado.
A ariranha é claramente distinguível das demais lontras pelas características morfológicas e comportamentais. Ela é o maior membro da família Mustelidae em comprimento, sendo a lontra-marinha a maior em peso. Os machos possuem de 1.5 a 1.8 metros de comprimento e as fêmeas de 1.5 a 1.7 metros. . O peso varia de 32 a 45.3 kg para machos e de 22 a 26 kg para fêmeas.



Texugos

Arctonyx

Arctonyx é um gênero de texugos que compreende apenas uma espécie, o Arctonyx collaris. Com aproximadamente 70 centímetros de comprimento, este texugo habita as florestas do Sudeste Asiático, possui hábitos noturnos e se alimentam de frutas, raízes, plantas e pequenos animais.



Texugo-Europeu

O texugo-europeu ou texugo-euroasiático (Meles meles) é um mamífero mustelídeo indígena da maior parte da Europa e de muitas áreas da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Meles. As subespécies comumente aceites são: Meles meles meles (Europa Ocidental), Meles meles marianensis(Espanha e Portugal), Meles meles leptorynchus (Rússia), Meles meles leucurus (China e Tibete) e Meles meles anaguma (Japão).
O texugo pode habitar em áreas muito diferentes. Os texugos são mais abundantes em zonas com algum relevo e heterogêneas do ponto de vista paisagístico, com grande variedade de biótipos (como florestas caducifólias e mistas, matagais, sebes e terrenos agrícolas, margens deribeiros) que lhes proporcionam uma maior disponibilidade de recursos e abrigos. No entanto, desde que tenha uma cobertura adequada e um tipo de solo em que o animal possa escavar até uma grande profundidade, qualquer local é propício para esta espécie.
O texugo vive em complexos de tocas (ou texugueiras) escavados por ele, que consistem num sistema de túneis com várias câmaras em diferentes níveis. Estes túneis desembocam na superfície em aberturas que têm normalmente um monte de terra à sua frente (proveniente da escavação dos túneis). O número de entradas varia, podendo ser um complexo com centenas de metros de comprimento e múltiplas câmaras subterrâneas.


Ficheiro:Meles meles borz.jpg


Ratel

O ratel (Mellivora capensis) é uma espécie da família Mustelidae. Ocorrem na maioria de África e no Oeste e Sul da Ásia. É a única espécie classificada no gênero Mellivora e na subfamília Mellivorinae. É um animal muito destemido e quase desprovido de medo. O Ratel ataca e mata basicamente qualquer coisa que se movimente e demora apenas 15 minutos para comer uma cobra de 1,50m, ele possui um diferencial dos outros animais que é uma inteligência e facilidade para achar os pontos fracos dos oponentes rapidamente e assim obterem sucesso na caça e na captura de suas presas, mas quando é defrontado por outro macho da mesma espécie, ele comumente ataca primeiramente os testículos. Ele é um dos únicos animais que usam ferramentas, por exemplo, uma pilha de toras como escada. O ratel é tão carniceiro que aparenta não ter critérios de seleção para aquilo que ataca, bastando estar no seu alcance visual (ou de ataque). Come insetos, mamíferos, lagartos e répteis. O Ratel consegue até matar um crocodilo adulto. O Ratel é louco por mel (o seu nome em inglês é “honey badger”) e está disposto a levar milhares de picadas para acabar com uma colméia para satisfazer o seu desejo. Foi também observado por ambientalistas que nem mesmo criaturas astutas como leões e leopardos tentam atacá-lo.



Texugo-Americano

O texugo-americano (Taxidea taxus) é um mustelídeo norte-americano que possui pelagem acinzentada, cortada no dorso por uma faixa longitudinal branca e que se alimenta de pequenos animais.








Irara

A irara (Eira barbara) é um animal carnívoro da família dos mustelídeos. É a única espécie do género Eira. Têm um aspecto semelhante às martas efuinhas, podendo atingir um comprimento de 60 cm (não incluindo a cauda). As iraras habitam as florestas tropicais da América Central e América do Sul.
A irara é também conhecido no Brasil pelo nome de papa-mel, porque esse é um de seus alimentos preferidos. Nos países de língua espanhola, que constituem uma grande parte de seus domínios, a irara é chamado "cabeza de cejo", que significa "cabeça de velho". Sem dúvida é porque o animal tem uma cabeça cinzenta sobre o corpo negro e também porque suas orelhas curtas e arredondadas lhe dão um ar "humano".
Espalhada desde o sul do México até a Argentina, a irara é uma parenta da marta. Seu corpo é esguio, o pescoço alongado e as pernas compridas. Habita as florestas e também os campos. É um escalador muito ágil a as habilidades manuais ficam evidenciadas quando na captura de um de seus principais alimentos, o mamão. Sem dificuldade alguma, ela chega à região dos frutos, prende-se ao alto da árvore com as patas traseiras e a cauda e com as patas dianteiras vai "desrosquando" a fruta até que a mesma se solte do caule: as palmas de suas patas são lisas, as garras parcialmente retrateis e as articulações de suas pernas lhe permitem "virar as patas" para descer das árvores com a cabeça voltada para baixo.
As iraras são ativas dia e noite, mas descansam nas horas quentes do dia. São escansoriais, solitárias, mas podem ser vistas aos pares, costumam deixar marcas de cheiro nos galhos por onde passam. Adoram frutos e mel, mas são principalmente carnívoras: caçam ratos, aves, esquilos e até cutias. Os filhotes nascem cegos, mas inteiramente cobertos de penugem negra e são facilmente confundidos com filhotes de lontras, porém não apresentam hábitos aquáticos como estes, embora saibam nadar.



Glutão

O glutão ou carcaju (Gulo gulo) é um mamífero da família dos Mustelidae, ordem Carnivora. Vive no Hemisfério Norte, nas zonas frias da Sibéria, Escandinávia, Alasca e Canadá
O carcaju é um animal onívoro, com uma componente importante de carne na sua dieta. Exteriormente assemelha-se a um pequeno urso com cauda. Tem focinho e pescoço curto e orelhas pequenas e arredondadas. A pelagem é castanha fulva e negra, muito densa, impermeável e resistente ao frio. O carcaju pesa até 30 kg e mede em média 70 a 110 cm de comprimento, excluindo a cauda que chega aos 20 cm.
O carcaju é um animal tímido em relação ao homem, mas extremamente corajoso e agressivo nas relações com outros animais selvagens. Os carcajus atacam animais presos em armadilhas e são conhecidos casos em que roubaram presas a matilhas de lobos e até a ursos polares.
A época de reprodução decorre durante o verão, mas a implantação dos embriões no útero é atrasada até ao início do Inverno. A gestação só é bem sucedida se a fêmea tiver acesso a uma fonte abundante de alimentos. As crias nascem na Primavera em ninhadas de 3 ou 4 e desenvolvem-se muito rapidamente. Ao fim de um ano, os juvenis adquirem o tamanho adulto e a maturidade sexual. Os glutões podem viver até aos 13 anos.
O carcaju é o animal oficial do estado do Michigan. O personagem da Marvel, Wolverine, deve o seu codinome ao carcaju, do inglês "wolverine".



Martas

Marta é a denominação comum dado aos mamíferos mustelídeos do gênero Martes. Estes animais são carnívoros e semi digitígrados e têm uma pele muito apreciada. Sua gestação dura 2 meses, tendo em média 2 ou 3 filhotes. Já chegou a ser centenas de milhares na Europa, mas foram tão caçadas por causa de sua pele, que estão se tornando raras. Capturar um mustelídeo é relativamente fácil, por ser muito curiosa basta colocar um objeto brilhante em seu ninho, que ela cai na rede. É um animal solitário que vive em lugares rochosos e arborizados, de difícil acesso, o que torna a sua situação de conservação pouco preocupante. Costuma demarcar seu território com um rastro da secreção das glândulas anais, como faz a doninha sua parente próxima, porém de odor menos desagradável.

Fuinha
(Martes Foina)



Zibelina
(Martes Zibellina)


Visons

Vison é a designação comum a várias espécies de mamíferos mustelídeos do gênero Mustela, especialmente a Mustela vison, que se assemelham às doninhas da América do Norte. Possuem hábitos semi-aquáticos e pelagem macia e luxuriante. Esses animais têm sido mantidos em cativeiro, alimentando o mercado de peles e o mundo da moda.

Vison-Americano
(Neovison Vison)


Vison-Europeu
(Mustela Lutreola)


Arminho

O arminho (Mustela erminea) é um carnívoro mustelídeo de pequeno porte pertencente ao grupo das doninhas (Mustela spp.). A espécie ocupa todas as florestas temperadas, árticas e subárticas da Europa, Ásia e América do Norte. Há 38 subespécies de arminho, classificadas de acordo com a distribuição geográfica. O arminho não corre de momento qualquer risco de extinção, mas algumas populações estão ameaçadas, sobretudo por perda de habitat. O tempo de vida desses animais é de 7 a 10 anos, tendo casos de arminhos que chegaram a viver 14 anos, embora sejam muito raros.
O arminho é um predador solitário que prefere caçar durante a noite ou no crepúsculo, movendo-se rapidamente em ziguezagues. Podem percorrer cerca de 15 km numa única noite. As suas presas preferenciais são pequenos roedores, insetos, anfíbios, pequenas aves e freqüentemente os seus ovos e juvenis. São excelentes trepadores de árvores e bons nadadores, podendo também caçar peixes ou crustáceos, se as habituais fontes de alimento estiverem indisponíveis. Uma das suas vantagens é a capacidade, conferida pelo seu diminuto tamanho, de perseguir as presas dentro de tocas. O arminho tem que comer várias vezes por dia para responder às necessidades do seu metabolismo rápido e passa grande parte do seu tempo a caçar. É também conhecido o seu hábito de guardar restos de refeições em tocas ou buracos de árvore, para consumir mais tarde. As presas são normalmente mortas com uma dentada no pescoço.
A época de reprodução é anual e começa no fim da Primavera, princípio do Verão. Os arminhos são polígamos oportunísticos e acasalam várias vezes ao longo da estação. A gestação é relativamente muito longa para um animal tão pequeno e dura cerca de nove meses, devido ao atraso propositado da implantação dos óvulos no útero até à Primavera seguinte. As crias nascem por volta de Março em ninhos construídos pelas fêmeas em tocas ou buracos de árvore. Cada ninhada tem em média entre 4 a 9 filhotes, que nascem cegos e cobertos de uma penugem branca. O crescimento é bastante rápido e com oito semanas os arminhos são já independentes. As fêmeas atingem a maturidade sexual de imediato e normalmente acasalam na época de reprodução seguinte. Os machos demoram mais tempo a crescer e tornam-se adultos ao fim de um ano.
Os arminhos sofrem freqüentemente de uma infestação parasítica causada pelo nemátodo Skrjabingylus nasicola, que ocupa a zona nasal e em muitos casos causa a morte do hospedeiro.











Furão

O furão é um mamífero carnívoro da família dos Mustelídeos. Existem diversas espécies de mustelídeos, sendo a mais conhecida o furão-doméstico (Mustela putorius furo), utilizado como animal de estimação em vários países do mundo. O termo é geralmente utilizado como referência ao furão-doméstico, descendente da "doninha-europeia" ou da "doninha-das-estepes", mas também a duas espécies de mustelídeos americanos que ocorrem do México à Argentina, conhecidas como furão-grande (Galictis vittata) e furão-pequeno (Galictis cuja).
Ao contrário do que algumas crenças populares indicam os furões não são roedores e pertencem à família das doninhas, na qual se incluem os texugos e as lontras.

Procionídeos


Procionídeos


Os procionídeos (do latim científico Procyonidae) constituem uma família de animais da ordem dos carnívoros, endêmica das Américas. A classificação dos procionídeos ainda se encontra em discussão: o panda vermelho é incluído no grupo por alguns autores. Estes mamíferos são todos de pequenas dimensões e têm alimentação onívora.

Mão-Pelada

O mão-pelada (Procyon cancrivorus) é um mamífero carnívoro da família dos procionídeos bastante parecidos com o guaxinim, porém não possui patas esbranquiçadas. Esse animal habita a região da Costa Rica ao Uruguai. Mede cerca de 60 cm de comprimento, vivendo próximo aos mangues e alimentando-se de caranguejos e insetos. Também é conhecido pelos nomes de cachorro-do-mangue, iguanara, jaguacampeba e jaguacinim.



Guaxinim

O guaxinim (Procyon lotor), também chamado mapache e rato-lavadeiro em Portugal, é um mamífero da família dos procionídeos bastante parecidos com o mão-pelada, porém com as patas esbranquiçadas. Tais animais são encontrados nas Américas do Norte, Central e do Sul, e também são conhecidos pelo nome de racum. Existem também na Europa Central e no Cáucaso, onde se estabeleceram após as fugas dos quintais de criação de peles.

É conhecido pelo público em geral possivelmente devido a vários filmes de animações, como Pocahontas, Over the Hedge, Dr. Dolittle 2, entre outros.

O habitat preferido do guaxinim são florestas próximas à água e pântanos. Durante o dia, ele dorme em árvores ocas, buracos em pedras ou no chão. É muito adaptável e hoje é encontrado também em áreas urbanas.
O guaxinim, mapache ou urso-lavador possui cabeça grande e focinho pontiagudo. Ele tem pêlo longo e uma cauda espessa, com anéis castanhos e pretos. No dorso e dos lados, sua cor é marrom-acinzentado, e o abdômen é cinza claro. As manchas pretas em suas “bochechas”, que se estendem entre os olhos e através da testa em uma listra vertical, também são típicas.
Estes podem até se reconhecer durante a noite por meio dessa “máscara” facial. Eles podem medir entre 45 e 70 centímetros.
O mapache dorme o dia todo, e sai à noite para procurar comida. Ele persegue sua presa em águas rasas ou no chão, arranhando, virando e examinando de perto assim que a vítima é capturada. No entanto, ele só a consome se o cheiro for aprovado por seu apurado faro.
Em áreas frias, os mapaches passam o inverno em tocas e buracos nas árvores. Apesar de dormirem profundamente, eles não hibernam, saindo de seu esconderijo assim que o tempo esquenta um pouco.
Estes animais noturnos caçam pássaros, ratos, insetos, peixes pequenos, lesmas, camarões de água doce e rãs. Sua dieta também inclui ovos, nozes, cereais e frutas. São onívoros.
Os machos acasalam com muitas fêmeas, enquanto as fêmeas aceitam apenas um pretendente. Os machos, que quase sempre são pacíficos, costumam brigar entre si com muita ferocidade durante a época do acasalamento. Na primavera, a fêmea normalmente tem de três a cinco filhotes depois de nove semanas de gestação, e cuida sozinha da ninhada. A família continua unida por um ano aproximadamente, quando os jovens guaxinins deixam então a companhia da mãe.




Quati

O quati, também grafado coati (do tupi "nariz pontudo"), é um mamífero da ordem Carnívora, família Procyonidae e gênero Nasua. O grupo está distribuído desde o Arizona ao norte da Argentina.
Mamífero aparentado do guaxinim, possuindo, entretanto um nariz mais comprido, e um corpo mais alongado. Com patas que lembram remotamente as dos ursos, muito úteis para escaladas em árvores. A coloração, em geral, é cinzento-amarelada, porém muito variável, havendo indivíduos quase pretos e outros bastante avermelhados, focinho e pés pretos, cauda com 55 cm, com sete a oito anéis pretos. Mede de corpo 70 cm. Vive em bandos de oito a dez, é praticamente onívoro e se adapta bem ao cativeiro. São animais diurnos.
Há quatro espécies semelhantes desse pequeno animal, encontrado desde o Panamá (América Central) até a Argentina. Quatis vermelhos vivem em grandes bandos formados de fêmeas e machos jovens. Com mais de dois anos, os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente na época do acasalamento, que acontece no fim da primavera. Dez ou onze semanas após, a fêmea produz de dois a seis filhotes. Por mais de um mês, estes permanecem em seu ninho no oco de uma árvore. O quati alimenta-se de minhocas, insetos e frutas. Aprecia também ovos, legumes e especialmente lagartos. Não gosta de água mas pode nadar bem. Dorme no alto das árvores enrolado como uma bola e não desce antes do amanhecer.

Quati-de-Cauda-Anelada

O quati-de-cauda-anelada ou quati-mundi (Nasua nasua) é uma espécie que habita predominantemente as selvas sul-americanas e a parte meridional da América Central.


Quati-de-Nariz-Branco

O quati-de-nariz-branco (Nasua narica) é umas das quatro espécies de quati, procionídeos parentes próximos ao guaxinim.
As características principais do quati-de-nariz branco são seu nariz comprido e achatado e suas cauda longa com seis a sete faixas de cor contrastante. Sua pelagem é geralmente castanha, marrom ou amarelada. Apresenta uma máscara escura nos olhos, focinho e queixo. A garganta é cinza-claro. Eles medem de 110 a 120 cm, dos quais metade é a cauda. Seu peso é de 5 a 9 kg.


Quati-de-Cozumel

O quati-de-cozumel (Nasua nelsoni) é uma espécie de quati endêmica do México, encontrada somente na ilha de Cozumel. Alguns taxonomistas a consideram como uma subespécie do quati-de-nariz-branco (Nasua narica), por se tratar de uma população introduzida na ilha pelos maias.


Bassarisco ou
Gato-dos-Mineiros

O bassarisco (Bassariscus astutus) é um mamífero da família procyonidae, que também compreende o guaxinim. O bassarisco vive na América do Norte e seu habitat inclui os estados da Califórnia, Colorado, Oregon, Arizona, Novo México, Nevada, Texas, Utah e vai até o norte do México.
É noturno e bom escalador de árvores. Alimenta-se de frutas, insetos e pequenos vertebrados. Mede de 30 a 45 centímetros de comprimento e sua cauda é semelhante a do guaxinim só que mais comprida e fina. Também é chamado de gato dos mineiros devido a sua semelhança com o felino.



Jupará

Os juparás (Potos flavus) são mamíferos arborícolas e noturnos da família dos procionídeos, mesma família dos quatis. São encontrados do México ao Sudeste do Brasil, mas principalmente na Amazônia. Possuem cerca de 60 cm de comprimento, cabeça arredondada, orelhas e focinho curtos, cauda longa e preênsil, pelagem densa e macia, de cor marrom-avermelhada ou amarelada. Chegam a pesar 3 kg. Alimentam-se basicamente de frutos e insetos. Podem se alimentar de néctar de flores. Também é conhecido como quincaju ou, do inglês, Kinkajou.



Panda-Vermelho

O panda-vermelho ou panda-pequeno, também conhecido como raposa-de-fogo ou gato-de-fogo (nome científico: Ailurus fulgens; do grego ailurus, gato; e do latim fulgens, brilhante), é um pequeno mamífero arborícola e a única espécie do gênero Ailurus. Pertence à família Ailuridae, mas já foi classificado nas famílias Procyonidae (guaxinim) e Ursidae (ursos).
O panda-vermelho é nativo das regiões montanhosas do Himalaia e do sul da China, e está associado às florestas temperadas de altitude e a bambuzais. Possui uma coloração castanho-avermelhada característica, cauda comprida e felpuda e um andar gingado devido ao encurtamento dos membros dianteiros. É um animal solitário, territorialista e de hábito crepuscular e noturno. Sua alimentação é principalmente composta por bambu; entretanto, por ser onívoro, pode ingerir ovos, pássaros, insetos e pequenos mamíferos.
Está em perigo de extinção, devido à destruição do habitat pela expansão humana, da agricultura, da pecuária e do extrativismo de recursos naturais. A caça ilegal também é outro importante fator que contribui para a diminuição da população de pandas. É um animal comum em zoológicos, principalmente da América do Norte e Europa, reproduzindo-se bem em cativeiro.
O termo panda foi aplicado por Thomas Hardwicke, quando o introduziu aos europeus em 1821. A origem do termo panda é desconhecida. Um dos poucos candidatos conhecidos para raiz da palavra panda é "pónya", possivelmente derivada de um termo nepalês para a protuberância arredondada da pata — talvez uma observação atenta de como este animal come bambu com um osso do pulso (sesamóide radial) adaptado para a função de polegar opositor e sexto dedo; outros autores acreditam que panda vem de "wah", termo nepalês para panda-vermelho, e originário do som semelhante a uma criança, que esta espécie às vezes produz.
Na China é chamado de Pequeno Urso Gato, pois pensava-se ser aparentado a um urso pequeno e por realizar seu asseio como um gato. Em chinês: 小熊貓, "pequeno urso-gato", de , pinyin xiǎo, "pequeno", , xióng, "urso"; e , māo, "gato".
Outros nomes utilizados em diversas línguas são: Lesser Panda, Red Panda, Cloud Bear, Bright Panda, Common Panda, Fire Cat, Fire Fox, Red Fox, Fox Bear, Himalayan Raccoon, Red Cat-bear, Small Panda(inglês); Panda Éclatant, Petit Panda (francês); Panda Chico, Panda Rojo (espanhol); Kleiner Panda, Katzenbär (alemão); Nigalya Ponya, Poonya, Wah,Ye, Sankam, Thokya, Vetri (nepalês); Wokdonka (butanês); Hun-Ho, Pinyin (chinês); Wob, Thomtra marchung (tibetano).



24 setembro, 2011

Ursídeos

Ursos


Os ursídeos (latim científico: Ursidae) constituem uma família de mamíferos plantígrados, da ordem dos carnívoros, geralmente de grande porte, compreendendo os ursos e o panda. Embora classificado como urso, e logo após, como procionídeo, junto com o Panda-vermelho, o urso-panda foi recolocado dentro da família dos ursídeos devido às novas pesquisas genéticas. Algumas características comuns dos ursos são pelagem espessa, rabo curto, o olfato desenvolvido e as garras não retráteis. Os ursídeos são geralmente animais omnívoros.
As espécies mais antigas e primitivas desta família estão reunidas no gênero Ballusia, do Mioceno Inferior, que ainda retêm características similares aos Hemicyonidae. Do Ballusia descende o gênero Ursavus, fonte dos Ursíneos, e talvez o Agriarctos, ancestral dos Agrioteríneos.
Os ursos existem em todos os continentes, em exceção na África, embora algumas fontes afirmem terem avistado o Urso nandi sem, no entanto comprovarem a sua existência.

Panda-Gigante

O panda-gigante (nome científico: Ailuropoda melanoleuca) é um mamífero carnívoro da família Ursidae, endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um urso de pelúcia, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado.
O panda-gigante assemelha-se aos outros ursos na aparência e proporção, mas é distinguível pela sua marcante coloração contrastante e por algumas características associadas a sua dieta. A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras; algumas vezes com um tom amarronzado. O restante do corpo é branco, mas pode se tornar "encardido" com a idade. A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes de marrom.
O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorso ventralmente, assim como nos demais carnívoros arctóideos. Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitária confluente com o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é ausente. Apresentam o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente compartilhada com o Tremarctos ornatus.






Urso-Malaio

O urso-malaio (Helarctos malayanus) é um urso do Sudeste asiático. Possui até 1,4 m de comprimento e pelagem curta e negra. É o menor dos ursos. Também é conhecido pelo nome de urso-dos-coqueiros. Tendo a habilidade de ser bom alpinista, ele utiliza a língua comprida e suas garras para apanhar frutas e mel.



Urso-Beiçudo

O urso-beiçudo (Melursus ursinus) é um animal noctivago que habita as florestas da Índia, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka. É a única espécie do géneroMelursus.
O corpo do urso-beiçudo está coberto por pelo longo e felpudo que vai de castanho-avermelhado a preto e possui um "V" característico da espécie no peito a amarelo.
O urso-beiçudo come principalmente formigas e térmitas, mas também se alimentam de mel, ovos, pássaros, plantas, tubérculos, frutos e carne.



Urso-de-Óculos

O urso-de-óculos, urso-andino ou ainda urso-de-lunetas (Tremarctos ornatus) é o único urso característico da América do Sul e é considerado como uma espécie vulnerável, a mais vulnerável de todos os ursídeos, com exceção ao seu primo mais próximo, o panda gigante da República Popular da China. A pelagem do urso-de-óculos é negra e apresenta uma faixa de cor creme no focinho, pescoço e peito. A maior parte da dieta do urso-de-óculos é vegetariana, consistindo principalmente de frutos da época e de bromélias, as quais abundam nas árvores das florestas andinas, mas também cactos, brotos de bambu, milho, raízes, insetos, pequenos mamífero se até mesmo carcaças de animais mortos (carniça). Os machos podem chegar a pesar cerca de 120 kg de peso enquanto que as fêmeas, bem menores, chegam a pesar 60 kg.
A gestação dura de 6 a 7 meses, nascendo no máximo 3 filhotes. Após o terceiro mês começam a caminhar e aos 6 acompanham a mãe nas suas deslocações. O urso-de-óculos presta cuidados parentais até ao primeiro ano das crias. São animais muito ágeis e excelentes trepadores de árvores. Como todos os ursídeos o urso-de-óculos possui um nariz extremamente aguçado, não existindo embalagens suficientemente capazes de esconder a existência de alimentos em sua presença, mesmo a longa distância, em seu habitat natural. A única maneira de evitar ser detectado pelo apurado sistema olfativo deste animal é tomando-se vantagem da direção do vento.
O urso-de-óculos é um animal solitário, com hábitos noturnos e crepusculares, que vive nas copas das árvores e que não hiberna. Esta espécie tem um comportamento extremamente dócil para com o Homem, exceto no caso de fêmeas que consideram as suas crias ameaçadas. Nestas condições já se registraram alguns acidentes graves.
Sabe-se muito pouco sobre a vida e hábitos do urso-andino até o presente momento (2006), especialmente se forem levados em conta o grande número de empreendimentos científicos dedicados ao estudo de outras espécies ursinas.



Urso-Negro

O urso-negro (Ursus americanus) é um urso norte-americano, encontrado do Alasca ao Norte do México. Alcança 2,20 m de comprimento, 1,10 m de altura na cernelha e 360 kg de peso. O urso negro geralmente vive cerca de 15 anos, mas alguns podem alcançar até 40 anos. É um bom nadador e pode correr a até 50 km/h. Sua pelagem pode ser de cor negra, marrom, bege ou branca. Algumas subespécies estão ameaçadas de extinção.
A aparência do urso-negro é a de um animal grande e feroz, no entanto, 70% de sua dieta consistem de material vegetal - frutos, nozes, gramíneas, raízes eseiva de árvores. Também se alimenta de carne, geralmente de pequenos mamíferos e peixes, raramente se alimenta de grandes animais. Gosta de vasculhar os depósitos de resíduos do homem.
Desde pequeno, o urso-negro tem grande habilidade para subir em árvores e montanhas. É principalmente um habitante da floresta, mas sua pelagem espessa permitiu que se dispersasse para o norte até os limites da tundra. No inverno, hiberna em uma toca, geralmente um oco sob uma árvore caída, dentro de um tronco toco ou em uma toca abandonada.
O urso-negro costuma se alimentar com frutos silvestres no outono, a fim de acumular gordura para hibernar. Logo ele procura um abrigo adequado à hibernação, durante a qual a temperatura do corpo, os batimentos cardíacos e a taxa respiratória diminuem para poupar energia.



Urso-Pardo

O urso-pardo (Ursus arctos) é um mamífero carnívoro da família dos ursídeos. 
O urso é um animal plantígrado, ou seja, a sola de seu pé toca totalmente o solo quando o animal se movimenta. A pelagem dos ursos-pardos varia do branco ao castanho-escuro, passando pelo dourado. A ponta dos pêlos dos ursos-cinzentos são mais claras, o que lhes dá a aparência grisalha.
O tamanho e peso são muito variáveis, os ursos menores podem pesar apenas 70 kg, ter aproximadamente 90 cm de altura na cernelha e 1,70 m de comprimento. Enquanto que alguns ursos já foram registrados pesando mais de 1 tonelada, com alturas de 1,50 m na cernelha e até 3 m de comprimento.

Ficheiro:Kodiak Brown Bear.jpg

Urso-Europeu

O urso-europeu, Ursus arctos arctos, é uma subespécie do urso pardo, Ursus arctos, e é encontrado em algumas partes da Europa.
O urso-europeu está ameaçado de extinção por causa do desmatamento, caça e avanços urbanos, porém, na atualidade, as ameaças são apenas caças, incêndios e atropelamentos, pois o desmatamento e avanço urbano não são atividades ainda muito praticadas já que a Europa é um continente desenvolvido. Antigamente, habitava a maior parte da Europa, mas foi muito caçado e capturado para serem utilizados no Coliseu romano e em circos. Sua preservação varia muito de região para região, pois as populações estão muito fragmentadas. No centro da Europa, estão vulneráveis à extinção. Já nos Pireneus e nos Alpes, estão em perigo crítico de extinção. Hoje, é encontrado apenas nos Alpes, nos Pireneus, no Norte da Europa (Finlândia, Rússia, Suécia), nos Balcãs (uma pequena cordilheira situada em alguns países balcânicos como Grécia, Bulgária, Romênia e Eslovênia), e alguns poucos nos Montes Cárpatos. Além da caça, outra atividade que já contribui para diminuir a população selvagem de ursos na Europa foi sua utilização em espetáculos de circos e encenações pelas ruas. Após serem capturados enquanto filhotes, os ursos aprendiam, por exemplo, a andar de pé, segurar bengalas e acenar com a pata. Nos Pirenéus, localizados entre França e Espanha, existem aproximadamente 100 exemplares (20 na França e 80 na Espanha). O governo francês vem tentando evitar o desaparecimento desses animais nos Pirenéus introduzindo ursos-europeus da Eslovênia.

Ficheiro:Ours brun parcanimalierpyrenees 2.jpg


Urso-Siríaco

O urso-siríaco (Ursus arctos syriacus) é uma subespécie de urso-pardo que vive nas montanhas do Oriente Médio.
Seu pêlo, mais claro do que nas outras subespécies de urso-pardo, pode ser castanho-claro ou castanho-bege, como na foto ao lado. O urso-siríaco é a menor de todas as subespécies de urso-pardo.
Antigamente, habitava grande parte do oriente-médio, na Ásia, mas atualmente sua população encontra-se em declínio, por causa da caça, destruição de habitat, poluição e fragmentação da população. Está extinto em Israel e na Jordânia.
Atualmente, pode ser encontrado nas montanhas da Síria, Líbano, partes do Irã, e talvez do Iraque e do Afeganistão.
Os ursos-siríacos são onívoros, e comem muitas coisas, incluindo carne, frutas e ervas.



Urso-Kodiak

O urso-de-kodiak (Ursus arctos middendorffi) é uma subespécie de urso-pardo que habita nas costas do sul do Alasca e ilhas adjacentes, como a Ilha Kodiak. É designado por vezes como urso-gigante-do-alasca devido ao seu grande tamanho, pois se trata do maior urso pardo e rivaliza com o urso-polar no título de maior carnívoro terrestre.
O tamanho dos machos varia muito; pesa entre 363 e 500 kg, e pode chegar a ter altura até 4,00 m em posição bípede, com 1,30 m no garrote. Alguns machos pesarão mais de uma tonelada e terão 4 m de comprimento, mas tal é considerado como casos raros de gigantismo.
Pode correr a 56 km/h em trajetos curtos e nada com grande facilidade.
É um animal solitário que só forma grupos quando se trata de uma fêmea e crias. Em liberdade vive até 20 anos.
O urso-de-kodiak é mais robusto e de pelagem mais comprida e densa que outros ursos-pardos. A visão é fraca, mas o olfato é excelente para encontrar comida. Devido à maior massa muscular, a carne tem maior peso na dieta do urso-de-kodiak, que completa com algumas raízes, frutos e rebentos. Entre os animais de que se alimenta com certa frequência estão o salmão, focas, cervos e alces.
Ainda que raras vezes se acerquem do homem, houve casos de ursos-de-kodiak assassinos que tomaram gosto por carne humana: tal é o caso de um grande urso que devorou três turistas antes de ser localizado e abatido com quatro tiros na cabeça pela Guarda Florestal do Alasca. Não obstante, estes casos são raros. A maioria dos exemplares são tranquilos enquanto não sejam molestados, e a ilha Kodiak é um dos lugares mais visitados do Alasca precisamente para admirar os seus enormes ursos, algo que sucede sem incidentes de importância na maioria dos casos. Este urso mostra-se muito submisso em cativeiro e tem sido protagonista de numerosos documentários e mesmo uma longa metragem, O Urso (1988).
A caça a esta subespécie está permitida e é regulada para evitar excessos, já que, devido à reduzida área de distribuição, não se pode dizer que seja muito abundante. Cerca de dois terços da ilha Kodiak encontra-se dentro dos limites do Kodiak National Wildlife Refuge, onde a caça não é permitida.

Ficheiro:Kodiak bear in germany.jpg

Urso-Negro-Asiático

O Urso-negro-asiático (Ursus thibetanus), também conhecido por urso-negro-tibetano, urso-negro-himalaio ou urso-lua, é um urso de tamanho médio, garras afiadas e pelagem negra com uma marca branca ou creme em forma de V no peito.